segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Como investir em títulos públicos


O Tesouro Direto é seu acesso ao mercado de títulos públicos, os papéis mais seguros do mercado
Na Semana passada, vimos como investir em depósitos bancários, que financiam grande parte das operações de crédito concedidas pelos bancos a pessoas físicas e jurídicas que precisam de dinheiro.
Hoje vamos ver como investir em títulos públicos, viabilizando o financiamento de inúmeros projetos do governo. Qualquer pessoa física pode investir via Tesouro Direto, um programa de venda de títulos públicos desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a BM&FBovespa.
OS TÍTULOS
Títulos públicos são considerados os de menor risco da economia de um país, sendo garantidos pelo Tesouro Nacional. O investidor escolhe o prazo da operação e a rentabilidade que deseja receber. Para facilitar a compreensão dos investidores, a partir deste mês o nome dos títulos passa a identificar com clareza a rentabilidade que o título oferece.
Tesouro Selic será o novo nome da antiga LFT (Letra Financeira do Tesouro); a LTN (Letra do Tesouro Nacional) e a NTN-F (Nota do Tesouro Nacional - Série F) adotam o nome Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com juros semestrais, respectivamente; Tesouro IPCA será o novo nome da NTN-B Principal (Nota do Tesouro Nacional - Série B Principal), e Tesouro IPCA com juros semestrais, a NTN-B (Nota do Tesouro Nacional - Série B). O nome trará ainda o ano de vencimento do título, exemplo, Tesouro Selic 2017.
INDICAÇÃO
Tesouro Prefixado é indicado a investidores que acreditam que a taxa negociada será maior do que a taxa de juros de mercado.
Tesouro Selic é indicado aos investidores que acreditam na alta dos juros e preferem ganhar a taxa do mercado. A indicação se fortalece em períodos de incerteza.
Tesouro IPCA é indicado para investidores que querem proteger o capital contra a inflação além de assegurar o ganho de taxa de juros real, acima da inflação, têm horizonte de longo prazo e podem esperar a data de vencimento do título para atingir esse objetivo, pois a venda antecipada expõe o investidor ao risco de mercado.
LIQUIDEZ
O investidor pode revender os títulos semanalmente, das 9h de quarta-feira até as 5h de quinta-feira. Nesse dia, o portal do Tesouro Direto vai apresentar duas colunas de taxas, uma para comprar e outra para vender títulos. O preço do título antes do vencimento é definido de acordo com a taxa de juros vigente no mercado e pode representar ganho ou perda financeira para o investidor.
COMO INVESTIR
O investidor deve abrir conta em uma das instituições habilitadas a operar nesse ambiente. Após o cadastro, uma senha será fornecida para acesso à área exclusiva do Tesouro Direto pela internet. Consulte no site o nome e as taxas cobradas pelas instituições habilitadas (chamadas agentes de custódia).
Pequenos investidores são muito bem-vindos! O limite mínimo de compra é de 10% do valor de um título (0,1 título), respeitado o valor mínimo de R$ 30,00. O limite máximo de compras mensais é de R$ 1 milhão, tanto para as compras tradicionais quanto para as programadas. Consulte o portal para mais informações.
CUSTOS
Os custos são relativamente baixos, inferiores aos praticados pela maioria dos fundos de investimento e planos de previdência privada, principalmente no caso de pequenos investidores. Para a BM&FBovespa, o investidor pagará taxa de 0,3% ao ano sobre o valor dos títulos. Aos agentes de custódia pagará taxa de serviço, livremente negociada entre as partes.
Assim, no momento da compra o investidor pagará o valor da transação (preço unitário do título vezes a quantidade adquirida) mais a taxa do agente de custódia referente ao primeiro ano de custódia, ou proporcional ao prazo do título se o vencimento for inferior a um ano.
Supondo que o investidor pague 0,3% ao ano ao agente de custódia mais 0,3% ao ano para a BM&FBovespa, seu custo total será de 0,6% ao ano. Bom e barato, vale a pena conferir! Folha, 02.02.2015.

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